O senador Flávio Bolsonaro (ex-PSL-RJ) visitou na cadeia o ex-capitão da Polícia Militar (PM) Adriano da Nóbrega, morto em operação na Bahia em 9 de fevereiro. A informação foi publicada pelo jornal O Globo a partir de entrevista com o vereador do Rio Ítalo Ciba (Avante), sargento da PM que esteve preso com Adriano e que afirmou que ambos receberam o então deputado estadual na prisão "mais de uma vez".
Em nota, Flávio informou que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a ele a medalha Tiradentes — maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Adriano e outros seis policiais receberam de Flávio, em 4 de novembro de 2003, uma moção de louvor na Alerj. Dias depois, os agentes foram presos e começaram a responder a processo criminal por homicídio, tortura e extorsão.
Segundo Ciba, foi nesse período que Flávio os visitou na prisão. O Globo pediu, via Lei de Acesso à Informação, dados sobre as visitas a Adriano e aos demais policiais na prisão, mas a solicitação foi negada pela PM sob alegação de sigilo.
Além disso, segundo o vereador, Adriano frequentava o gabinete de Flávio a convite de Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança do então deputado. O jornal também solicitou à Alerj registros de visitas no gabinete de Flávio, mas ainda não obteve resposta.
Segundo nota divulgada pela assessoria do senador, "não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano".