Enquanto parlamentares discutem as alterações nos descontos de aposentadoria do funcionalismo, servidores mantêm o protesto que tem movimentado há semanas o entorno da Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira (18), contudo, a adesão ao ato é inferior à registrada na terça-feira (17), quando sindicalistas lotaram a Praça da Matriz e comemoraram a liminar que derrubou a apreciação da proposta.
De bandeiras em punho, funcionários públicos se espalharam pela esplanada da Assembleia e pelos piquetes instalados na calçada da Praça da Matriz. Espaçados, eles acompanham o áudio do plenário transmitido de um caminhão de som estacionado em frente ao Palácio Piratini. No dia anterior, sindicalistas e deputados da oposição haviam se revezado no microfone em discursos inflamados contra o governador Eduardo Leite.
Durante a sessão, a tensão entre servidores e parlamentares governistas se transferiu para as galerias do plenário, onde lideranças dos sindicatos assistem à sessão gritando “retira, retira”.
Antes da entrada no plenário, houve um princípio de tumulto. Servidores tomaram conta do corredor que dá acesso à Assembleia, e a porta giratória não deu conta do movimento de pessoas. Depois de empurra-empurra, o transtorno foi controlado e o acesso, liberado.
Apesar do ato mais tímido nesta quarta-feira, o Cpers-Sindicato, representante do magistério, mantém a greve nas escolas que dura um mês. Na próxima sexta-feira (20), a entidade irá realizar uma assembleia em São Leopoldo, no Vale do Sinos, para definir os rumos do movimento.