O presidente Jair Bolsonaro seguiu o exemplo de seus antecessores no Palácio do Planalto e escolheu a base naval de Aratu, na Bahia, para passar seu primeiro Ano-Novo à frente do cargo. A programação é que ele embarque com a família para o balneário militar, localizado a 42 quilômetros do centro de Salvador, nesta sexta-feira (27) e só retorne à capital federal no dia 5 de janeiro.
Na quarta-feira (24), a equipe do presidente chegou a cogitar o cancelamento da viagem após ele ter sofrido uma queda e batido a cabeça em um dos banheiros do Palácio da Alvorada. Como os exames médicos mostraram normalidade em seu estado de saúde, o deslocamento foi mantido. O presidente chegou a dizer que sofreu uma perda de memória parcial logo após o acidente doméstico.
A Base Naval de Aratu fica localizada na península do Paripe, um recanto paradisíaco da baía de Todos os Santos. Cercada por mata atlântica, a praia privativa tem areia branca e água verde esmeralda.
O local era destino favorito da ex-presidente Dilma Rousseff durante os feriados do Réveillon e do Carnaval. A petista passou quatro anos seguidos o recesso de fim de ano na base militar. Como sua sucessora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também passou o Réveillon na praia reservada por quatro anos seguidos. Em janeiro de 2010, por exemplo, ele foi fotografado carregando uma caixa de isopor na cabeça.
Nessa época, a Marinha gastou R$ 800 mil para reformar a casa de praia onde os presidentes se hospedam. Além dos petistas, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer também frequentaram a base naval.
Inicialmente, Bolsonaro cogitou passar a virada do ano em Fernando de Noronha, em Pernambuco. Por questão de saúde, uma vez que o arquipélago fica distante de uma capital estadual, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) recomendou a permanência no balneário baiano.
Na tarde desta quinta-feira (26), o presidente ressaltou em suas redes sociais que, no comando do Palácio do Planalto, tem colocado em prática uma experiência de 28 anos na Câmara dos Deputados. Ele acrescentou que, caso uma de suas medidas prejudique a sociedade, ele deixará a "vida pública imediatamente".
"Caso, de concreto, você seja prejudicado por qualquer decisão minha, eu mesmo saio da vida pública imediatamente", ressaltou.