Os levantamentos realizados pela Secretaria Estadual de Educação e pelo Cpers/Sindicato mostram diagnósticos divergentes sobre o número de escolas sem aula no Rio Grande do Sul em razão da greve dos professores, iniciada na semana passada.
A Secretaria afirma que 490 das 2,5 mil escolas estão sem aula, e cerca de 500 têm atendimento parcial. Na quarta-feira, eram 526 escolas sem atendimento, mesmo número divulgado na segunda. O Cpers/Sindicato, entidade que representa o magistério, divulgou um número de 779 escolas sem aulas e 764 com atendimento restrito parcial. Na segunda, o sindicato afirmou que 773 escolas estavam paradas e 760 tinham atendimento parcial.
Os professores estão paralisados em protesto contra a proposta do governo de mudança no plano de carreira do magistério e contra o projeto que aumenta as alíquotas de previdência. O Executivo defende as medidas como forma de ajuste fiscal.
Conforme o Cpers, ao longo desta quarta-feira, alguns professores que sofreram ferimentos no tumulto registrado na tarde passada, em frente ao Palácio Piratini, registraram ocorrência policial por lesão. A 1ª Delegacia de Polícia, responsável pelas investigações de ocorrências no centro de Porto Alegre, por enquanto, não abriu nenhuma investigação para apurar o incidente. O delegado Paulo César Jardim disse que irá aguardar a chegada dos registros para analisar o que será feito.
Ao menos 11 manifestantes tiveram que receber atendimento médico no HPS após o confronto. Dois policiais também ficaram feridos. O tumulto ocorreu durante a assembléia da categoria que era realizada na Praça da Matriz. Um grupo de líderes do Cpers/Sindicato seria recebido pelo governo, por volta das 16h, para dialogar no Palácio Piratini. Quando os dirigentes do sindicato estavam perto de ingressar no local, outros manifestantes forçaram a entrada. A Brigada Militar reagiu, e houve confusão.