Assim que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, fechou maioria contrária às prisões após condenações em segunda instância, apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que se aglomeravam em frente à Corte comemoraram. O pequeno grupo, que sustentava faixas em apoio ao líder petista, soltaram fogos de artifícios.
Além de discursos, caixas de som reproduziram temas antigos de campanhas eleitorais. O mais ouvido foi o jingle conhecido como "Lula lá" ou "Sem medo de ser feliz" — criado para a primeira campanha de Lula à Presidência em 1989.
Grupos contrários à mudança de entendimento na jurisprudência da Corte, ostentando faixas nas cores da bandeira nacional, também marcaram presença na Praça dos Três Poderes, mas deixaram o local momentos antes.
Diferentemente da primeira sessão de julgamento sobre o tema, em 25 de setembro, não houve confusão. Nesse dia, críticos à atuação dos ministros entraram em confronto com seguranças e policiais do Supremo, depois que tomates e ratos de plástico foram jogados em direção ao prédio. Um policial ficou ferido e precisou ser atendido.
No plenário do STF, advogados que defendem suspeitos de corrupção na Operação Lava-Jato também comemoraram. Antes da manifestação de Toffoli, juristas comentavam que o magistrado "vai votar com a gente". O deputado Paulo Teixeira (PT-RJ), o ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ) e o ex-ministro da Justiça do governo Dilma José Eduardo Cardozo também acompanharam o julgamento.