A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) cumprem nesta terça-feira (29) mandados de busca e apreensão em 11 endereços de familiares e pessoas ligadas a Paulo Vieira de Souza. A investigação busca indícios de lavagem de dinheiro que teria sido praticada pelo ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), também conhecido como Paulo Preto.
O desdobramento da Operação Lava-Jato chamada de Pasalimani realiza buscas nas cidades de São Paulo, Taubaté, Ubatuba, Taboão da Serra e Itapetininga.
Paulo Vieira já foi condenado a mais de 145 anos de prisão pela Justiça Federal pela atuação no desvio de verbas públicas e a 27 anos de prisão por ter ajudado na formação de um cartel para fraudar obras viárias no Estado de São Paulo. Ele responde a outro processo na Justiça Federal por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação da Operação Lava-Jato, o cartel, no qual Viera teve papel decisivo a partir de 2007, teria eliminado a concorrência nas licitações do Rodoanel Sul com a participação de 18 construtoras. O MPF pede na ação o ressarcimento de R$ 521 milhões e a devolução de R$ 21 milhões que Vieira e outros agentes públicos teriam recebido como propina.
Em junho, a Justiça Federal determinou o bloqueio dos bens de Vieira. Em sua decisão, o juiz determinou o sequestro de dois imóveis e da lancha Giprita III, de propriedade da empresa P3T Empreendimentos e Participações, que foi criada em 2014 por Paulo Preto.