Uma ação da campanha do então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, contra o seu rival nas eleições, Fernando Haddad (PT), foi rejeitada por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A coligação de Bolsonaro alegava abuso de poder político e econômico, tanto pelo adversário, quanto por outras cinco pessoas ligadas à campanha do petista. As informações são do portal G1.
Entre os acusados pela coligação, estão a candidata à vice na chapa de Haddad, Manuela d'Ávila, e o então governador de Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho. De acordo com a denúncia, Coutinho teria se utilizado da estrutura administrativa do Estado em que exercia cargo de chefe do Executivo para angariar apoio ao candidato petista.
Um dos indícios apontados pela campanha do candidato do PSL foi que Coutinho gravou um vídeo em um imóvel público, durante expediente, coagindo professores de escolas públicas a votar em Haddad.
O relator do caso no TSE, ministro Jorge Mussi, afirma, entretanto, que o material é inconclusivo quanto ao local e horário, não podendo confirmar se a reunião era em estabelecimento público e com servidores em horário de trabalho.
Outro argumento da acusação, de que um jornal do governo da Paraíba publicou conteúdo falso contra Bolsonaro, também foi rejeitado.
“O conteúdo das reportagens impugnadas não revela a nítida intenção de denegrir a imagem do candidato Jair Bolsonaro. Também não podem ser considerados difamatórios, tampouco inverídicos, estando nos limites estritos da liberdade de imprensa”, afirmou o relator.