Ao completar seis meses à frente do Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite obteve na noite desta terça-feira (2) uma conquista que defendia desde a época de campanha: a privatização das estatais gaúchas da área de energia. A venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Sulgás é considerada essencial para adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
— Não significa extinguir as empresas. Significa dar força a elas nas mãos da iniciativa privada. Para investir mais, para funcionar melhor e se modernizarem — comentou Leite em um vídeo divulgado nas redes sociais após sessão na Assembleia Legislativa.
O governador agradeceu ainda o apoio dos deputados. O placar foi de 40 votos a favor e 14 contrários nos projetos de privatização da CEEE e CRM e 39 a 14 no da Sulgás.
— Um dia que vai ficar na história do Rio Grande do Sul — disse. — Os deputados estaduais da nossa base, que se alinharam a esta nova agenda do Estado, são os grandes protagonistas desse novo momento que o Rio Grande do Sul vive, com a mudança da sua mentalidade — complementou.
Proposta de campanha de Leite em 2018, com as privatizações, o Piratini espera avançar nas negociações com a equipe econômica, conferindo ao BNDES licença para formular o modelo de privatização, com fixação de preço mínimo e condições de pagamento.
— Para a gente reequilibrar as contas do Estado, voltarmos a pagar em dia servidores e fornecedores, nós precisamos desse processo de reestruturação e das receitas que daí virão — sinalizou Leite.
A assessoria de imprensa do governo informou que Leite acompanhou a maior parte da sessão plenária na ala residencial do Palácio Piratini, junto do secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, responsável por articular o diálogo do governo com os parlamentares, e da secretária de Comunicação, Tânia Moreira.