O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o ministro da Justiça, Sergio Moro, e a força-tarefa da Operação Lava-Jato devem ser considerados heróis por terem livrado a estatal de esquema de corrupção. Também disse que a divulgação de mensagens entre Moro e procuradores é uma "tentativa desesperada" de parar a operação.
As declarações foram feitas em palestra para executivos promovido pelo grupo empresarial Lide, um dia após manifestações de apoio e Moro e à Lava-Jato em todo o país.
— Vejo hoje algumas pessoas de inclinação criminosa tentando denegrir a imagem desses profissionais que devem ser considerados heróis — disse o executivo.
Questionado após o discurso sobre quem seriam as pessoas com inclinação criminosa, ele não citou nomes, mas alegou que as informações foram obtidas "através de um crime cibernético".
— Esse episódio é uma tentativa desesperada de denegrir a imagem do ministro e a força-tarefa — reforçou.
Castello Branco iniciou seu discurso defendendo Moro e a força-tarefa. O evento do Lide foi realizado na mesma avenida onde, no domingo (30), apoiadores do governo realizaram manifestação em defesa de Moro e da operação Lava-Jato.
— No passado recente, a Petrobras foi vítima de um assalto, foi saqueada por uma organização criminosa que composta por políticos corruptos, funcionários criminosos e capitalistas que não gostam do capitalismo — disse.
— Eu gostaria de ressaltar e agradecer ao hoje ministro Sergio Moro e à força-tarefa de Curitiba, que foi importantíssima para descobrir e punir esses criminosos — completou.
Segundo ele, o esquema de corrupção gerou duas crises na companhia: uma de imagem — que ainda tem reflexos na empresa — e uma financeira — que está sendo vencida.