O governador Eduardo Leite sentiu na pele nesta segunda-feira (1) o transtorno que é trafegar pela RS-118, rodovia da Região Metropolitana, cujas obras de duplicação estão completando 13 anos. Nem era horário de pico e o trânsito estava congestionado, algo corriqueiro para quem utiliza a rodovia com frequência. A pista simples somada a homens trabalhando na via, cones de sinalização, retroescavadeiras, pavimentadoras e rolos compactadores deixavam o fluxo ainda mais complicado.
— São quatro horas da tarde, não é um horário de pico, e a gente já vê o problema do trânsito na região. Não apenas pela lentidão, mas pela complexidade do que acaba se impondo em uma região urbana — disse Leite, às margens do km 4 da rodovia, em Sapucaia do Sul, local da sua primeira parada e onde conversou com jornalistas.
Acompanhado do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior, e do secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, o tucano fez outras duas paradas para vistoriar os trabalhos, conversar com engenheiros da obra, moradores e comerciantes, nos quilômetros 11,4 (viaduto da Avenida Marechal Rondon), e 18,9 (viaduto da Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira).
Leite voltou a garantir a conclusão da obra até a metade do ano que vem. Reforçou que “há dinheiro para isso” e que agora o trabalho cabe às construtoras. O governo do Estado obteve financiamento de R$ 131 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) exclusivamente para a conclusão dos 21,5 quilômetros da rodovia, entre Gravataí e Sapucaia do Sul.
— A duplicação vai permitir maior fluidez do trafego, numa área com muita densidade populacional, liberando outras rodovias. É segurança, agilidade e melhor qualidade de vida para as pessoas que utilizam a estrada - destacou Leite.
Costella disse que a retomada rápida dos trabalhos após o anúncio da liberação de verba para as construtoras é um passo fundamental para a conclusão das obras. Menos otimista que Leite, estima conclusão dos trabalhos para o fim de 2020.
— Nota-se claramente hoje os canteiros de obra. Empresas que estavam paralisadas e que retomam as obras em todos os três trechos — comentou Costella.
O prefeito de Sapucaia do Sul, Luis Rogério Link, foi um dos prefeitos dos municípios por onde a estrada passa que acompanhou a vistoria. Ele alertou para os riscos de uma obra inacabada.
— A gente tem uma cobrança muito forte junto ao secretário dos Transportes e ele já garantiu que uma das prioridades, assim que licitarem as passarelas, vai ser aqui em Sapucaia do Sul, no trecho onde as crianças atravessam para um colégio. Temos um ponto crítico de travessia aqui — ressalta o prefeito.
As obras de duplicação da RS-118 estão com 70% dos trabalhos concluídos.