O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), afirmou nesta quinta-feira (11) que conseguiu fechar um acordo para garantir a aprovação do destaque proposto pelo partido que beneficia professores na reforma da Previdência. Conforme Figueiredo, a alteração a ser aprovada vai diminuir de 58 anos para 55 anos a idade mínima para aposentadoria de docentes que já estão trabalhando. Para as mulheres da categoria, a idade mínima deve cair de 55 anos para 52.
A declaração foi dada em um vídeo gravado divulgado pelo perfil da Câmara no Twitter.
— Isso é uma grande vitória. Porque estamos defendendo a causa da educação e essa causa, pelo menos, foi preservada dentro desse mar de dificuldades que vai viver a grande maioria da população brasileira — defendeu.
A mudança deve valer para quem optar pela regra de transição que exige um "pedágio" de 100%. Ou seja, se faltam dois anos para se aposentar, seria necessário trabalhar mais quatro anos. Para quem ainda vai entrar na carreira de professor, a proposta de reforma da Previdência não deve ser alterada. Permanece, portanto, a idade mínima de 60 anos, se homem, e 57 anos, se mulher.
Na quarta-feira (10), o texto-base da proposta de reforma foi aprovado por 379 votos a 131. Depois, os deputados começaram a discutir os destaques. No entanto, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, encerrou a sessão de forma abrupta, quando percebeu que havia um movimento para desidratar o texto principal.
Um destaque que excluía os professores das mudanças da reforma — mantendo as regras atuais para esses profissionais de educação infantil e ensino médio, no setor público ou privado — chegou a ser rejeitado. A proposta do PDT, no entanto, tem impacto fiscal menor. Partidos de centro, como PL e PRB, deve apoiar a oposição por benefícios a esta categoria.