O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (13) que o governo encara "com respeito" a greve encabeçada por centrais sindicais e movimentos sociais contra a reforma da Previdência, na próxima sexta-feira (14). No entanto, o ministro não deixou de fazer críticas ao ato, que é contrário à pauta considerada "portal de prosperidade" pelo Executivo.
— O que vamos assistir amanhã no Brasil são sindicatos que construíram ao longo dos últimos 30 anos privilégios que são inaceitáveis, que capturaram parcelas importantes do orçamento público, que deixaram de ir para saúde, segurança e infraestrutura para beneficiar alguma categoria — disse, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
Mais cedo, o ministro voltou a defender o sistema de capitalização — confirmado na quarta-feira (12) pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está fora do relatório. Segundo Onyx, o ponto "foi pouco discutido, ainda está um pouco incompreendido" e o governo deve insistir no tema no próximo semestre.
— Acabei de falar para o presidente da Câmara, porque isso é um ponto que eu defendo muito fortemente. A capitalização é o caminho para as novas gerações — enfatizou o ministro.
Além do Rio Grande do Sul, a manifestação de sexta-feira contra a reforma da Previdência deve seguir a agenda de atos convocados para o mesmo dia em outras regiões do país. Serviços nas áreas de educação, saúde e transporte de passageiros, como o trensurb, podem ser impactados. Do outro lado, ocorre nesta quinta-feira a entrega do parecer do relator da reforma na comissão especial da Câmara, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).