O presidente da República, Jair Bolsonaro, não foi a público defender o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Em vez disso, falaram no seu lugar o secretário de comunicação, Fábio Wajngarten, e o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. Em entrevista à TV Globo, o secretário afirmou que conversou com o presidente às 18h30min desta segunda-feira (10) e ouviu dele a seguinte frase:
— Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro deve se reunir, nos próximos dias, com Moro para "traçar linhas de ação" sobre as conversas divulgadas entre o chefe da pasta de Justiça e Segurança com o procurador que coordena a força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol pelo site The Intercept Brasil.
A informação foi repassada durante uma coletiva de imprensa, transmitida na TV Brasil, nesta segunda, do general Otávio Rêgo Barros, porta-voz do governo, que falou sobre o futuro encontro.
— A importância é o presidente conhecer do ministro Sergio Moro a sua percepção e traçar linhas de ação, estratégias, no sentido de que tenhamos o país no rumo certo em particular no tema economia. Obviamente, outros temas que possam estar tangenciando este tema precisam ser solucionados o mais pronto possível — disse.
Rêgo Barros afirmou que não sabe se Bolsonaro leu as reportagens divulgadas sobre o assunto e que "o governo não tem nenhum planejamento de momento para o fato". Disse também que não sabe se as informações vazadas poderiam comprometer uma possível indicação de Moro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), defendida pelo presidente — já que Bolsonaro não teria adiantado informações sobre o tema.
— Ele (Jair Bolsonaro) fez contato com o ministro Sergio Moro e, a partir de amanhã (terça-feira), colocar-se-á à disposição para compartir com o próprio ministro Sergio Moro os fatos relacionados a este vazamento —disse o porta-voz.