O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (2), que o Brasil irá "até o limite do Itamaraty" para ajudar, o que ele define como, o restabelecimento da democracia na Venezuela e para tirar Nicolás Maduro do poder. A declaração foi dada à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
— Nós vamos até o limite do Itamaraty. Sem partir para as vias de fato, vamos fazer de tudo para reestabelecer a democracia na Venezuela — defendeu.
O presidente afirmou ainda que o governo brasileiro tem recebido "muitos informes" sobre a situação no país vizinho. Ele falou também sobre o que vê como uma "fissura que existe na base dos militares" e que pode "subir para o alto escalão (das Forças Armadas)".
— Nós acreditamos no desgaste que o (Juan) Guaidó (que se autoproclamou presidente da Venezuela) pode impingir ao (Nicolás) Maduro — diz ele.
Na entrevista, o presidente disse também que "o Hezbollah (movimento xiita libanês) tem células" na Venezuela - a mesma acusação já foi feita por autoridades dos Estados Unidos e negada pelos xiitas.
Sobre Maduro, Bolsonaro afirmou o líder "não manda nele mesmo", e que quem manda "nele são os generais, os cubanos, em boa parte os russos. Ele é vigiado o tempo inteiro".
— Tudo o que não presta está lá dentro — disse. — É difícil a situação da Venezuela? É. Lá não tem mais cão nem gato. Já comeram tudo.