O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta quinta-feira (23) que pretende acabar com os radares móveis nas rodovias federais do país. Em entrevista a jornalistas, ele disse que os dispositivos que flagram motoristas que excedem o limite de velocidade permitido é uma "armadilha".
— Estou agora conversando com o Sergio Moro, que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) está a comando dele. Nós queremos acabar com os radares móveis, que é uma armadilha para pegar os motoristas — disse.
Em março, o governo federal cancelou o pedido de renovação de oito mil novos radares eletrônicos. Segundo ele, a ordem agora é não renovar mais nenhum dispositivo.
— O que está acertado com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, é que todo e qualquer radar ou pardal, uma vez vencendo o seu prazo, nós não revalidaremos isso daí — disse.
O presidente relacionou a decisão de não renovar os radares eletrônicos à queda dos acidentes e mortes nas estradas federais na Semana Santa deste ano:
— Você tem que estar preocupado com a sinuosidade da estrada. Não se tem um pardal escondido atrás da árvore — disse.
Em entrevista, o presidente afirmou que deve propor ma próxima semana um projeto de lei ou uma medida provisória com alterações no Código de Trânsito Brasileiro. A ideia é elevar a validade da carteira de motorista de cinco para dez anos e aumentar de 20 para 40 pontos o limite para a suspensão do documento.
— Devo, na semana que vem, isso depende do presidente da Câmara dos Deputados se será projeto de lei ou medida provisória, mexer no Código de Trânsito, onde a gente passa para 40 o número de pontos. O ideal é passar para 60, mas teria dificuldade — disse.
O presidente disse ainda que a iniciativa irá propor o fim da necessidade dos simuladores para a retirada da carteira de motorista:
— Pretendemos acabar com os simuladores para diminuir o preço da carteira de motorista.