O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (11) que assinará na semana que vem um novo decreto sobre armas, voltado a colecionadores, atiradores e caçadores, modalidade em que pessoas são autorizadas pelo Exército a exercer atividades com uso de armas.
Bolsonaro não informou detalhes sobre as alterações no atual regramento sobre o tema, mas antecipou que o decreto irá “facilitar muito” a vida de quem tem permissão para uso de armas nesta categoria.
— Ouvimos gente na ponta da linha, do Exército, Polícia Federal, houve choque de conflitos em alguns casos, mas democraticamente eu decidi por vocês — disse, entre risos.
Sobre o decreto assinado em janeiro, flexibilizando a posse de armas, o presidente relembrou que os dados sobre violência no país que embasaram o texto são de 2016, e mesmo que haja alteração nos próximos anos, ele não voltará atrás nas mudanças.
— E se mudar a estatística em 2019? A minha referência é 2016 e ponto final, quando eu sair daqui o próximo presidente decide — afirmou.
Segundo Bolsonaro, o governo também trabalhará em um texto mais amplo sobre o tema, utilizando como base um projeto de lei do deputado Rogério “Peninha” Mendonça (MDB-SC). O texto, que tramita na Câmara, disciplina as normas sobre aquisição, posse, porte e circulação de armas de fogo e munição. Integrante da bancada da bala, Peninha defende legislação mais branda, inclusive para autorizar o porte de armas.
No pronunciamento desta quinta, Bolsonaro também anunciou que assinará um decreto na semana que vem acabando com o horário de verão. A medida, segundo ele, não traz economia de energia e “deixa as pessoas sonolentas”. Bolsonaro disse que a ideia foi levada a ele pelo deputado João Campos (PRB-GO), que apontou pontos que considera negativos da medida, como o impacto na saúde.
Diante do pedido, o presidente disse que “conversou com o pessoal de saúde nosso aqui da presidência” e confirmou que muita gente tem o seu “relógio biológico agredido”.
— As pessoas ficam sonolentas durante o serviço ou acordadas à noite, isso influencia na produtividade do ser humano — afirmou.
Segundo o presidente, a decisão também levou em conta a informação do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima, de que o horário de verão “não traz mais economia”.
Bolsonaro disse que, na sua página no Facebook, a aceitação do fim do horário de verão chegou a “90%”, e os outros “10%” disseram que vai atrapalhar a “cervejinha no final da tarde”.