Às 20h08min da terça-feira de Carnaval (5), o presidente da República Jair Bolsonaro compartilhou o vídeo de uma performance em um bloco de Carnaval de São Paulo que provocou uma grande polêmica nas redes sociais.
Enquanto aconteciam os shows do BloCu, em São Paulo, dois homens promoveram um ato obsceno, um deles urinando na cabeça do outro.
Internautas identificaram a referência a uma famosa prática sadomasoquista, denominada "golden shower". A busca pela expressão, um ato consentido de dominação sexual no qual uma pessoa urina em outra, aumentou no Google minutos depois do tuíte original.
A referência levou o próprio presidente da República a perguntar, publicamente, no Twitter:
A postagem de Bolsonaro fez com que as buscas disparassem ainda mais.
O tuíte provocou os mais variados tipos de reações. Parlamentares de oposição responderam ao questionamento relacionando a suspeitas de servidores-fantasmas ligados ao filho do presidente, Eduardo Bolsonaro.
Já alguns apoiadores aproveitaram a situação para manifestar-se a favor do presidente:
Enquanto muitos brasileiros falaram que o presidente deveria se preocupar com assuntos mais sérios:
E. como de costume, a internet foi inundada de muitos memes:
E a incredulidade de um estrangeiro:
No início da noite, o Palácio do Planalto divulgou nota sobre o tema.
"A respeito de publicação realizada na conta pessoal do Presidente da República, em 5 de março, convém esclarecer que:
- No vídeo, postado pelo Sr Presidente da República em sua conta pessoal de uma rede social, há cenas que escandalizaram, não só o próprio Presidente, bem como grande parte da sociedade.
- É um crime, tipificado na legislação brasileira, que violenta os valores familiares e as tradições culturais do carnaval.
- Não houve intenção de criticar o carnaval de forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração, a ironia, a crítica saudável e a criatividade da nossa maior e mais democrática festa popular."