Quatro meses após Jair Bolsonaro levar uma facada durante um comício eleitoral em Juiz de Fora (MG), a segurança do presidente eleito é a principal preocupação dos organizadores da cerimônia de posse, marcada para as 15h do dia 1º de janeiro.
— É óbvio que isso (o ataque a Bolsonaro) desencadeou um cuidado ainda maior. Fortaleceu a necessidade de um esquema de segurança muito bem montado — afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.
— O risco é evidente. Existe sempre. Não foi uma tentativa de constrangimento, não jogaram uma laranja, um ovo. O camarada deu uma facada que só não foi o desfecho que ele queria porque estava próxima de um hospital — completou.
A estimativa é de que entre 250 mil e 500 mil pessoas compareçam à Esplanada dos Ministérios na próxima terça-feira. No local, haverá quatro pontos de revista pessoal. A área contará ainda com postos médicos, pontos de água, banheiros e telões. Vendedores ambulantes serão proibidos no local.
A lista de autoridades que acompanharão a posse ainda é preliminar, mas o futuro ministro adiantou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não estará presente. No lugar dele, virá o secretário de governo.
“Festa da democracia”
Segundo Heleno, o clima é de celebração no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde fica a equipe de transição de Bolsonaro. A cerimônia “tem tudo para ser uma grande festa da democracia”.
— A cerimônia já está tão ensaiada, praticamente pronta, com horário, quem entra, segurança. Ainda tem mais um ensaio no domingo para acertar os últimos detalhes — relatou o general.
Indagado sobre Bolsonaro desfilar em carro aberto — cena clássica do cortejo presidencial —, Heleno não confirmou:
— A decisão é dele, vai ser tomada no dia. É a grande surpresa da posse.