O deputado estadual e senador eleito, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), saiu em defesa do ex-funcionário, Fabrício José Carlos de Queiroz, nesta quinta-feira, 6. O assessor, que deixou seu gabinete na Assembleia do Rio em 15 de outubro, aparece num relatório de transações atípicas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"Fabrício Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança", disse o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, no Twitter. "Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta. Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos".
O jornal O Estado de S. Paulo revelou, em reportagem publicada nesta quinta-feira, 6, que o Coaf apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O relatório também cita que foram encontradas na conta transações envolvendo dinheiro em espécie, embora Queiroz exercesse uma atividade cuja "característica é a utilização de outros instrumentos de transferência de recurso".
O nome de Queiroz consta da folha de pagamento da Alerj de setembro com salário de R$ 8.517. Ele era lotado com cargo em comissão de Assessor Parlamentar III, símbolo CCDAL-3, no gabinete de Flávio Bolsonaro. Conforme o relatório do Coaf, ele ainda acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar.