O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu lançou sua autobiografia em Porto Alegre na noite desta quarta-feira (21), com a presença de cerca de 300 pessoas. Uma longa fila se formou no salão da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras (Fetrafi-RS), no Centro Histórico, em busca de um autógrafo nos exemplares do livro Zé Dirceu - Memórias Volume 1, primeiro tomo da obra que conta a vida de um dos mais influentes quadros políticos do PT.
O petista chegou com cerca de 20 minutos de atraso e ainda ficou por mais 10 minutos posando para fotos ao lado de simpatizantes antes de dar início ao evento. Ao dirigir-se à mesa, foi saudado aos gritos de “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”.
No livro, Dirceu conta sua trajetória, desde a infância em Passa Quatro (MG) até o ápice da carreira politica, quando se tornou o poderoso ministro-chefe da Casa Civil no primeiro governo Lula. Condenado no escândalo do mensalão e duas vezes na Lava-Jato, o petista deixou esses episódios e a narrativa do período em que esteve na prisão para o segundo volume, previsto para ser lançado em 2019.
Parlamentares, filiados ao PT, sindicalistas, intelectuais e militantes de esquerda prestigiaram o evento, adquirindo boa parte dos 500 exemplares levados pela editora. Entre os presentes, deputados como Altemir Tortelli, e petistas históricos como Flávio Koutzii e Clóvis Ilgenfritz. Também estavam no local Flávio Tavares, que foi preso com Dirceu na ditadura militar, e o ex-tesoureiro petista Paulo Ferreira, condenado por Moro no âmbito da Operação Lava-Jato. O acesso à sessão de autógrafos foi controlado e mantido sob a vigília de seguranças por receio de que provocadores tentassem causar tumulto.