Escolhido por Eduardo Leite para gerenciar as finanças gaúchas a partir de 2019, o economista Marco Aurelio Santos Cardoso defendeu mudanças na Previdência dos servidores do Rio Grande do Sul como uma das principais medidas para o Estado sair de um dos quadros financeiros mais graves do país — com dívida 2,3 vezes maior do que a arrecadação, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para o futuro secretário da Fazenda, a questão previdenciária "é uma necessidade imperiosa do país como um todo e o Rio Grande do Sul vai ter que estar aliado com isso".
— Há uma questão (a ser solucionada) relacionada à despesa com pessoal, uma reforma previdenciária, concatenada com a reforma nacional, e uma revisão eventual de algumas iscas do serviço público que devem ser olhadas de imediato — afirmou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (27), sem entrar em mais detalhes.
Superintendente de crédito do BNDES e ex-secretário municipal da Fazenda do Rio de Janeiro de 2012 a 2016, Cardoso acredita que o pagamento em dia dos salários do funcionalismo "é o maior desafio do ponto de vista fiscal" no Estado.
— A solução não é uma bala de prata, uma alternativa milagrosa. Há de se sentar e ver qual é o passivo que será gerado. Não sabemos se o 13º (salário) será quitado, não sabemos quantas folhas restarão. Mas é uma meta prioritária — disse. — Estamos falando da previsibilidade da vida (dos servidores) — completou.