A deputada Tereza Cristina (DEM-MS) foi confirmada como ministra da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro. O nome foi sugerido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a chamada "bancada ruralista", da qual ela é presidente. É a primeira mulher a ser anunciada como parte da equipe do capitão reformado.
A definição ocorreu em reunião na tarde desta quarta-feira (7), entre Bolsonaro e dezenas de integrantes da FPA, em Brasília. No final da tarde, Bolsonaro anunciou a indicação oficialmente no seu Twitter.
— Ela foi consenso na FPA. Feita a indicação, de imediato o presidente eleito aceitou —relatou o vice-presidente da Frente, Alceu Moreira (MDB-RS).
O deputado confirmou que Bolsonaro não fará a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.
— A fusão não haverá, teremos um ministério do Meio Ambiente, mas com perfil modificado — explicou.
Moreira disse que a FPA não indicará o futuro ministro do Meio Ambiente, mas “irá homologar o nome”.
O pedido de indicação havia sido solicitado por Bolsonaro ainda durante a campanha eleitoral, quando o deputado recebeu apoio formal de integrantes da bancada. Na ocasião, Tereza Cristina se encontrou com Bolsonaro na residência dele, e manifestou apoio à sua candidatura.
Quem é a nova ministra
Engenheira agrônoma e empresária, Tereza Cristina é presidente da FPA e tem uma longa trajetória no setor. Ela foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul durante o governo de André Puccinelli (MDB).
Neste ano, Tereza Cristina foi uma das lideranças que defenderam a aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país.