Os advogados de Jair Bolsonaro (PSL) enviaram na tarde desta sexta-feira (16) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a defesa referente às falhas apontadas pela área técnica da Corte na prestação de contas do presidente eleito. A defesa de 50 páginas, assinado pela advogada Karina de Paula Kufa, rebate as 23 falhas apontadas pelos técnicos e pede a emissão do parecer pela aprovação das contas.
Entre os apontamentos citados no relatório do TSE, estão as ausências de recibos eleitorais, ausências de documentação comprobatória de transações e "indícios de recebimento indireto de recursos de origem não identificada".
Em relação aos recursos, a defesa de Bolsonaro alega que o grande volume de doações causou atraso na lentidão de processamento de dados no sistema do TSE e que "não se imaginava uma arrecadação de R$ 3.728.964,00 para a campanha presidenciável".
"Portanto, o atraso verificado decorreu da lentidão no processamento da importação das doações pelo SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais), não tendo decorrido de culpa do candidato, em razão da quantidade significativa de dados a serem carregados pelo sistema, o que, de forma alguma, comprometeu a regularidade da informação, que foi prestada devidamente", afirma a defesa de Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro também traz dados de outros pleitos e justifica que, comparativamente, a campanha dele foi mais barata que a de eleições anteriores.
"Sem sombra de dúvidas, ficou provado que campanhas eleitorais podem ser realizadas com baixo custo e que isso não depende de tetos de gastos, mas de condutas comprometidas, éticas e responsáveis", diz.