O candidato tucano ao governo do Estado de São Paulo, João Doria, defende que a Executiva do PSDB declare apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que irá disputar o segundo turno da eleição com Fernando Haddad (PT). Os tucanos estão reunidos nesta terça-feira, 9, na sede do partido, em Brasília, para tratar do assunto com Geraldo Alckmin, que saiu derrotado do pleito com menos de 5% dos votos.
"Eu já tomei a minha posição, apoio Jair Bolsonaro no segundo turno. Coloquei isso com muita clareza", disse. Ele ponderou que votou em Alckmin no primeiro turno, mas, logo após o resultado, deixou clara a sua posição. "Reafirmo aqui: apoio Jair Bolsonaro para livrar o Brasil do PT e do (ex-presidente) Lula." Ele negou, no entanto, que tenha pedido alguma contrapartida ao PSL.
Doria também afirmou que o partido não vai "impor neutralidade" aos filiados, no máximo irá liberá-los para apoiar quem quiserem no segundo turno da eleição presidencial para evitar um racha.
"Temos que observar quais são os campos. De um lado temos um campo de esquerda, que dominou o Brasil, governou pessimamente com (os ex-presidentes) Lula e Dilma, e agora tem um fantoche chamado Fernando Haddad. E do outro campo tem proposta liberal, que eu apoio, e quer o bem do Brasil, seu crescimento econômico", afirmou. Segundo ele, Bolsonaro "não quer implantar aqui uma ditadura venezuelana ou princípios bolivarianos".
Lideranças do PSDB têm optado por uma posição de neutralidade em relação ao segundo turno. Um dia após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso anunciar que não deverá apoiar nem Haddad nem Bolsonaro, foi a vez de outro tucano, o ex-governador José Serra dizer, por meio de suas redes sociais, que seguirá a mesma linha e defendeu que o partido faça o mesmo.