Em depoimento prestado em julho de 2017 à Procuradoria Geral da República (PGR), a defesade Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou uma reunião com um delator da Odebrecht, mesmo depois do tucano tê-la negado publicamente. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo a publicação, o advogado e primo de Alckmin, José Eduardo Alckmin, confirmou o encontro do candidato com Aluizio Araujo, então membro do Conselho da Odebrecht, e Carlos Armando Paschoal, à época diretor-superintendente da construtora em São Paulo no depoimento à PGR, que foi obtido pelo jornal.
Em delação homologada em 2017, Paschoal disse que no encontro foi acertada uma doação por meio de caixa dois de R$ 2 milhões.
Em março de 2018, questionado por jornalistas sobre a reunião, na abertura do Fórum Econômico Mundial da América Latina, o então governador de São Paulo negou o encontro:
“Não. Não teve nenhum encontro. Eu recebo muita gente, aliás, permanentemente. Mas não me lembro de nenhum encontro. Aliás, o doutor Aluízio é da família da minha sogra há 30 anos. Nada a ver com questão de natureza eleitoral", declarou na ocasião.
Em nota, a campanha de Geraldo Alckmin disse que o advogado não confirmou o encontro. "Na defesa, aludindo às afirmações de Carlos Armando Paschoal, procurou-se demonstrar que ele próprio descrevera somente um encontro protocolar, em que nenhuma solicitação fora feita".
"Isso para demonstrar a inconsistência da versão acusatória. Não significou nenhuma confirmação do encontro, do qual o candidato afirma não se recordar", diz ainda a nota.