Três dias após conhecer o neto, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) prestou depoimento nesta sexta-feira (8), na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Emocionado, ele admitiu que "não soube se conter" diante do poder obtido em duas décadas de carreira política. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Durante o depoimento, Cabral reconheceu o que chamou de "promiscuidade" com empresários e admitiu que fez uso de práticas "desonestas". Mesmo assim, disse que nunca pediu "propina", mas se "apropriou" de sobras de caixa 2.
O ex-governador admitiu ainda que arrecadou cerca de R$ 500 milhões para campanhas próprias e de aliados, tendo usado cerca de R$ 20 milhões para uso pessoal.
Provocado pelo juiz Marcelo Bretas, que sugeriu que ele abrisse mão do patrimônio para reparar os danos financeiros que causou, Cabral disse que os bens "não importam".
— Qual a importância de patrimônio estando longe dos filhos? — questionou o político, que está preso desde novembro de 2016 e é réu em mais de 20 ações penais.