Treze pessoas foram condenadas pelo juiz Sergio Moro por envolvimento em um esquema que movimentou R$ 20 milhões em propinas ligadas à licitação para a ampliação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. As obras custaram mais de R$ 1 bilhão.
Entre os condenados estão o ex-deputado federal pelo Rio Grande do Sul e ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro. Também foram condenados executivos das construtoras Construbase, Construcap e Schahin Engenharia.
Na denúncia, a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Ministério Público Federal do Paraná acusou 14 pessoas pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, cometidos separadamente ou em conjunto. Apenas Erasto Messias da Silva Júnior, da construtora Construcap, foi absolvido por falta de provas.
Paulo Ferreira foi condenado a nove anos e 10 meses por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa. A maioria dos réus condenados, como Renato Duque e Léo Pinheiro, recebeu benefícios para o cumprimento da pena por ter colaborado com o processo ou por ter assinado acordo de delação premiada.
Os 13 condenados
Adir Assad, operador de propinas
Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS
Alexandre Correa de Oliveira Romano, operador de propinas
Edison Freire Coutinho, ex-executivo da Schahin Engenharia
Genésio Schiavinato Júnior, ex-executivo da Construbase
José Antônio Marsílio Schwartz, ex-executivo da Schahin Engenharia
Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS
Paulo Ferreira, ex-deputado federal e ex-tesoureiro do PT
Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras
Ricardo Pernambuco Backheuser, ex-executivo da Carioca Engenharia
Roberto Ribeiro Capobianco, ex-executivo da Construcap
Roberto Trombeta, operador de propinas
Rodrigo Morales, operador de propinas