Pelo Twitter, o PMDB confirmou, na tarde desta terça-feira (27), que o ato de filiação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ocorrerá na próxima terça-feira (3), na sede do partido, em Brasília. Segundo a nota, o presidente da República, Michel Temer, e o presidente da legenda, senador Romero Jucá (RR), assinarão o documento de filiação.
Na mesma rede social, Meirelles confirmou a filiação, mas reafirmou que tomará na semana que vem a decisão sobre uma eventual candidatura:
"Tomei a decisão de me filiar ao PMDB. É nosso desafio aprofundar as mudanças que tiraram o Brasil da pior crise de nossa história. Na próxima semana tomarei a decisão se irei ou não me candidatar nas eleições de outubro".
Mesmo com a não confirmação de que entrará na disputa pela Presidência, em um segundo post, o ministro usou tom de candidato:
"Enquanto isso, sigo focado no trabalho no Ministério da Fazenda. Continuarei comprometido a trabalhar pelo Brasil.
Mesmo sem garantia de que será cabeça de chapa na disputa ao Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda decidiu deixar o cargo, se filiar ao partido e tentar se candidatar em outubro. A costura do acordo para a sua ida para o PMDB foi confirmada na segunda-feira (26) por Temer.
— Já era a intenção dele. Acertamos nesses últimos dias — afirmou.
A ideia é que o ministro fique como "plano B", caso Temer não consiga viabilizar sua candidatura e desista de entrar no páreo. Se Temer não recuar, o PMDB quer que Meirelles seja candidato a vice-presidente na chapa.
A declaração de Temer precipitou a movimentação em torno da sucessão no Ministério da Fazenda. O secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia, foi o indicado por Meirelles para substituí-lo. O nome, no entanto, enfrenta resistências dentro do PMDB, mas a expectativa é de que Temer aceite a sugestão.
O presidente foi alertado de que há risco elevado de outros integrantes do chamado "dream team" deixarem a equipe econômica, caso o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, seja indicado para o cargo.
Nesta terça, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo tentará manter a atual equipe da pasta "na medida do possível".
— Teremos de manter o rumo e, na medida do possível, preservar as pessoas que fazem com que esse rumo seja mantido — disse.