O empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso há dois anos e meio em Curitiba, saiu da cidade no início da tarde desta terça-feira (19). O empresário pegou um voo particular do Aeroporto de Bacacheri com destino a São Paulo, onde deve cumprir pena domiciliar no bairro Morumbi.
Antes disso, Marcelo deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) por volta das 9h45min desta terça. O empresário foi levado em um carro da PF para a Justiça Federal, onde colocou uma tornozeleira eletrônica para iniciar o cumprimento de sua prisão domiciliar. O dispositivo vai custar ao condenado R$ 149 por mês.
Pelo acordo, o empresário ficará dois anos e meio em reclusão na sua casa num condomínio no Morumbi, em São Paulo, com direito a duas saídas por ano com autorização da Justiça. Marcelo também poderá receber 15 pessoas previamente cadastradas e autorizadas no processo. Além deles, parentes em até 4º grau (primos e tios-avôs) poderão visitá-lo.
As últimas 24 horas de Odebrecht na carceragem foram iguais aos 30 meses de prisão. O empresário acordou um pouco antes do sol nascer, fez exercícios físicos e tomou café da manhã preparado em uma cafeteira localizada no corredor próximo a cela em que divide com o lobista Adir Assad, também acusado de fazer parte do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato.
Odebrecht ficará 10 anos preso. Além dos dois anos e meio de regime fechado já cumprido e os outros dois anos e meio de regime domiciliar fechado, o empresário terá de cumprir ainda cinco anos de pena — dois anos e meio em regime diferenciado, com recolhimento noturno e aos finais de semana e feriados, e dois anos e meio de aberto, com a obrigação de comunicação à Justiça.