Indicando uma posição favorável à votação até dezembro da proposta que muda as regras de aposentadorias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta-feira (22) que distorções da Previdência Social sejam combatidas pela Casa Legislativa ainda neste ano.
Durante a posse do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, o deputado classificou o modelo atual de aposentadorias e pensões como o maior programa de transferência de renda do País, ao permitir que os mais pobres financiem a aposentadoria dos mais ricos.
— A reforma da Previdência não interessa ao governo, mas sim aos brasileiros mais pobres — disse Maia. — O maior programa de transferência de renda não é o Bolsa Família, mas sim a Previdência, em que os pobres financiam os ricos. É essa distorção que queremos combater ainda neste ano — acrescentou o parlamentar, em discurso proferido ao lado do presidente Michel Temer.
Maia deu boas vindas ao ex-ministro Bruno Araújo, que transmitiu o cargo a Baldy e reassume a função de deputado para, como disse o presidente da Câmara, "ajudar nas reformas de que o país precisa". O parlamentar fluminense ainda agradeceu a Temer pela confiança na base governista.
Ao cobrar maior eficiência do governo, o presidente da Câmara pediu que o Estado brasileiro pare de atrapalhar o país.
— Precisamos de Estado eficiente, que sirva à população — comentou.