Na tarde desta quinta-feira (5), o juiz Loraci Flores de Lima dará sequência às audiências das testemunhas do caso de ação de improbidade administrativa que corre contra a ex-governadora Yeda Crusius (PSDB). As audiências ocorrem na sede da 3ª Vara Federal, por videoconferência, em Santa Maria.
A partir das 14 h, o magistrado ouvirá seis testemunhas apontadas pelo Ministério Público Federal (MPF). São elas: Paulo Feijó, ex-vice-governador de Yeda, Cézar Busatto, ex-chefe da Casa Civil, Flavio Vaz Netto, ex-presidente do Detran de 2007 a 2010 e condenado em 2ª instância pelo TRF4, e, ainda, Sergio Buckman, Valter Ferreira da Silva e José Nivaldo Brum.
No primeiro dia de audiência, na quarta-feira (4), o magistrado ouviu o atual deputado estadual Enio Bacci (PDT), que foi secretário de Segurança Pública de Yeda, e também Lair Ferst, réu da Rodin que teve a pena prescrita.
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O primeiro a falar ao juiz, na quarta, foi Lair Ferst, empresário e ex-coordenador da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa durante o governo Yeda. Ele afirmou ao juiz que Yeda tinha conhecimento do esquema de desvios do Detran gaúcho.
_ A governadora sabia de todo os detalhes. Desde o primeiro momento, ela (Yeda) sabia, ela tinha conhecimento. E ela foi alertada. Eu, pessoalmente, disse pra ela. Sem dizer, que eu havia a alertado, por meio de uma carta. Ela chegou a me dizer que tinham oferecido R$ 50 mil para ela, e que ela não aceitaria por ser uma mixaria. E que por R$ 50 mil ela não apoiaria nada.
O segundo a prestar depoimento foi o deputado estadual Enio Bacci (PDT), e que foi secretário de Segurança Pública no governo Yeda. Bacci afirma que foi demitido à época por ter alertado Yeda da situação do Detran:
_ Então, eu cheguei à conclusão de que eu não fui demitido pelo meu trabalho como secretário de Segurança Pública. Mas, sim, por alguma coisa. O que me leva a crer, na minha humilde avaliação, foi a minha disposição de mexer na caixa-preta do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
À RBS TV, em Brasília, a assessoria de Yeda Crusius, que atualmente é deputada federal, afirmou que a parlamentar “não fala mais nada” sobre o caso Rodin.
Os depoimentos foram acompanhados pela equipe da RBS TV de Santa Maria.