O Ministério Público Federal (MPF) e a defesa da ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) apresentaram as testemunhas que serão ouvidas junto à ação civil pública de improbidade administrativa que corre contra a tucana, que atualmente, é deputada federal. O caso voltou a tramitar, no mês passado, na Justiça Federal de Santa Maria.
Do lado de Yeda, são 16 nomes, muitos deles com passagem pela gestão dela no governo do Estado (2007-2010). Entre eles, estão os nomes de Cesar Busatto (ex-chefe da Casa Civil), Delson Luiz Martini (ex-secretário geral), Ana Maria Pellini (que foi diretora-presidente da Fepam), Edson Goulart (Segurança Pública) e José Alfredo Parode (que esteve à frente da pasta da Gestão e Planejamento).
Um político da região central do Estado também está entre as testemunhas citadas pela defesa de Yeda: o atual prefeito de São Gabriel Rossano Dotto Gonçalves, do PDT.
O Ministério Público Federal (MPF) também se manifestou e apontou nove testemunhas, entre elas estão os nomes de Lair Ferst (réu da Rodin que teve a pena prescrita), Paulo Feijó (ex-vice-governador de Yeda), Cesar Buzatto, Flavio Vaz Netto (ex-presidente do Detran de 2007 a 2010 e condenado em 2ª instância pelo TRF4), o atual deputado estadual Enio Bassi (PDT, que foi secretário de Segurança Pública de Yeda) e o prefeito de São Gabriel, Rossano Dotto.
Ainda não há prazo para que seja dado início à fase de oitivas, com a realização de audiências e, inclusive, com a possibilidade de depoimento da ex-governadora e também de testemunhas. Após isso, o processo segue para a fase de sentença, que ainda não há data para ocorrer.
A ação de improbidade administrativa – ao mesmo tempo em que tramita, agora, na Justiça Federal de Santa Maria – segue sendo analisada quanto a sua aceitação no STJ e também no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entenda o caso
Deflagrada em 2007, a Operação Rodin investigou irregularidades nos serviços de exames teóricos e práticos para expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Estado. Segundo a investigação, fundações ligadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foram contratadas sem licitação pelo Detran para a realização do serviço, mas subcontrataram empresas que cobrariam valores superfaturados.