Os servidores do Executivo gaúcho seguirão com apenas R$ 350 dos salários de agosto e a nona parcela do 13º salário de 2016 pagos na última quinta-feira (31). Nesta terça-feira (5), não haverá novo depósito ao funcionalismo.
O Estado não conseguiu reunir R$ 60 milhões para pagar mais R$ 170 por matrícula. Além da arrecadação, o Piratini também acompanhou de perto a situação da conta dos depósitos judiciais, sem sucesso.
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Há possibilidade de pagamento nos próximos dias. No entanto, a arrecadação consistente do governo do Estado só ocorrerá a partir da próxima segunda-feira (11), quando entra nos cofres o ICMS da substituição tributária. Apesar da dificuldade inicial, está mantido o dia 13 de setembro como a data máxima para a integralização dos salários.
"Resistam"
Antes de partir para a Alemanha, onde terá compromissos empresariais, o governador José Ivo Sartori emitiu nota criticando a greve convocada nesta terça-feira (5) pelo Cpers, afirmou que o parcelamento de salários não é "fruto da vontade política ou do governo" e convocou os servidores.
"Agradeço à imensa maioria dos servidores públicos que, mesmo diante de todas essas dificuldades, segue atendendo à população. Permaneçam, resistam, sigam em frente", escreveu.
O governador também mandou recados à oposição. Pedindo "responsabilidade" aos adversários políticos, criticou a rejeição do projeto que ligava a distribuição do duodécimo – valores destinados pelo Executivo aos demais poderes – à arrecadação efetiva e não mais à peça orçamentária. A votação ocorreu no ano passado.