O empresário Marcelo Odebrecht reafirmou, nesta segunda-feira (5), seus termos de delação premiada perante o juiz federal Sergio Moro, no âmbito da Operação Lava-Jato. O delator foi interrogado em ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O petista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a Odebrecht e a Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) aponta que propinas pagas pela empreiteira chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos com a estatal. O montante, segundo a força-tarefa da Lava-Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milhões para Instituto Lula e cobertura vizinha à residência do ex-presidente em São Bernardo (SP) no valor de R$ 504 mil.
Marcelo Odebrecht contou a Moro que, no primeiro semestre de 2010 – quando Lula era presidente –, combinou com o ex-ministro Antonio Palocci que haveria "uma conta para atender" ao petista. O empreiteiro citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e outro delator da Odebrecht, Alexandrino Alencar.
Lava-Jato
Marcelo Odebrecht diz que repassou R$ 4 milhões ao Instituto Lula de conta de propina
Ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sobre contratos entre a Odebrecht e a Petrobras
Estadão Conteúdo