A revista Veja deste fim de semana traz trechos da colaboração premiada do lobista Lucio Funaro, preso desde julho em Brasília. Segundo a publicação, o ex-confidente do então deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima (também do PMDB), teria revelado, aos procuradores da República, informações que atingem também o presidente Michel Temer.
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Confira os principais pontos publicados pela revista
Michel Temer
Segundo Funaro, o presidente teria recebido R$ 1,5 milhões de propina do grupo Bertin e R$ 7 milhões da JBS, para financiar campanhas do PMDB.
Eunício Oliveira
O presidente do Senado teria recebido, de acordo com a delação, R$ 1,6 milhão de propina para aprovar medida provisória de interesse da empresa Hypermarcas.
Eduardo Cunha
A delação aponta que o ex-deputado gerenciava pagamento de propina aos integrantes do PMDB. Teria encomendado a compra de votos para garantir o impeachment de Dilma Rousseff (PT). Teria sido um dos beneficiários de R$ 7 milhões da JBS.
Joesley Batista
Teria repassado R$ 4,6 milhões a Funaro para comprar seu silêncio com relação a contas que Eduardo Cunha mantinha na Suíça.
José Yunes
Amigo pessoal de Michel Temer, teria lavado dinheiro de propina destinado ao presidente.
Moreira Franco
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência teria recebido R$ 6 milhões do Grupo Bertin para facilitar financiamentos da Caixa Econômica Federal (CEF).
Eliseu Padilha
O ministro da Casa Civil teria recebido R$ 4 milhões de caixa 2 da Odebrecht e distribuido a quantia no PMDB.
Geddel Vieira Lima
Preso nesta sexta-feira (8), o ex-ministro teria pedido que Funaro retirasse R$ 1 milhão no escritório de Yunes.
Paulo Skaf
A campanha do presidente da Fiesp à prefeitura de São Paulo em 2012 teria recebido R$ 6 milhões de caixa 2 da Odebrecht.