A informação de que o Ministério de Minas e Energia irá propor a privatização da Eletrobras não empolgou apenas o mercado financeiro. O Piratini viu na ação a possibilidade de legitimar a defesa da venda de três estatais gaúchas do setor energético.Para se desfazer da CEEE, da Sulgas e da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), será preciso aprovar na Assembleia Legislativa a realização de um plebiscito e, posteriormente, consultar a população.
– A movimentação do Ministério mostra que estamos no caminho certo. O setor tem problemas, sofreu interferências políticas, sem base técnica nos últimos anos, que geraram prejuízos – destaca o secretário estadual de Minas e Energia, Artur Lemos.
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De acordo com ele, para evitar a privatização das estatais gaúchas, seria preciso o aporte de valores para sanar rombos nos caixas ou para ampliar os serviços prestados. A opção foi descartada pelo governo do Estado, que alega não ter dinheiro para investir.
Plebiscito
O projeto que autoriza a realização de um plebiscito para consultar a população sobre a venda das estatais gaúchas está em tramitação na Assembleia Legislativa. Nesta terça-feira (22), o texto estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas o relatório do deputado Lucas Redecker (PSDB) apoiando o tema não foi lido depois que deputados de oposição retiraram o quórum da reunião.
Apesar do atraso, o Piratini espera aprovar a matéria nos próximos meses. Se isso ocorrer, o plebiscito será realizado junto às eleições de 2018.