Além de efetuar mandados de prisão que tiveram como principal alvo Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras do ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, a Polícia Federal (PF) também está nas ruas para cumprir 22 mandados de busca e apreensão para combater fraudes no Programa Minha Casa Melhor, vinculado ao Minha Casa Minha Vida. A ação ocorre em Timbaúba, em Pernambuco.
Por meio do Minha Casa Melhor, beneficiários tinham direito a um cartão com R$ 5 mil de crédito para comprar eletrodomésticos, eletroeletrônico e móveis, a prazos e juros reduzidos, para mobiliar apartamentos adquiridos Minha Casa Minha Vida. Entre os produtos que poderiam ser adquiridos, estavam fogões, sofás, máquinas de lavar e TVs digitais. O valor era financiado pela Caixa Econômica Federal.
No entanto, investigadores da PF descobriram que alguns beneficiários superfaturavam o valor da compra, sempre no valor previsto de R$ 5 mil, e compravam produtos não permitidos pelo Minha Casa Melhor.
A Polícia Federal também investiga os lojistas conveniados que emitiam as notas fiscais superfaturadas. Todos responderão por fraude em financiamento e poderão ser presos por seis anos.
A operação recebeu o nome de Insulas, em referência ao tipo de habitação destinada à população mais pobre na Roma antiga.
O programa Minha Casa Melhor foi suspenso em 2015, um ano e meio após ser criado, por falta de recursos. Mesmo com as condições mais favoráveis para mobiliar os apartamentos, a taxa de inadimplência era alta.