Depois de muito bate-boca e confusão, a ala do PSDB contrária à permanência do senador Tasso Jereissati (MG) como presidente interino do partido retomou as articulações para tentar substituí-lo. Com apoio do Planalto, o nome sugerido por grupo de tucanos paulistas foi o do ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman.
Um dos sete vice-presidentes do PSDB, Goldman estava, na quarta-feira (23), em Brasília, mas desconversou ao ser questionado sobre o assunto. A principal resistência ao seu nome está em São Paulo. O prefeito João Doria, que chegou a ser chamado por ele de "desgraça para o PSDB", e o governador Geraldo Alckmin preferem a manutenção de Tasso até a convenção.
Crise interna no PSDB
Pressionado por deputados tucanos insatisfeitos com sua gestão, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou na terça-feira (22) que não vai entregar o posto e negou que esteja fazendo prevalecer suas convicções à revelia da opinião majoritária do partido.
Entre os fatores que compõem a crise interna no PSDB, estão as delações da JBS, os indícios contra o senador Aécio Neves (MG) – presidente licenciado da legenda –, o possível desembarque do governo, a divisão do partido na votação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer e a propaganda partidário do PSDB. Relembre os fatos que levaram ao racha entre os tucanos.