Nesta quarta-feira (2), os deputados começam a discutir o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) contrário à autorização de investigação contra Michel Temer por corrupção passiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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O relatório que será votado no plenário foi elaborado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e faz um contraponto ao parecer inicial, de Sergio Zveiter (PMDB-RJ), favorável à admissibilidade do processo, mas rejeitado na CCJ.
Por isso, os deputados que votarem "sim" estarão se posicionando favoráveis a Temer e à suspensão da denúncia. Os parlamentares que optarem pelo "não" estarão sugerindo que o STF analise a denúncia contra o presidente, o que pode resultar na abertura de ação penal por corrupção passiva – para que isso aconteça, são necessários pelo menos 342 votos contrários ao parecer de Abi-Ackel.
Será uma votação diferente da ocorrida no impeachment de Dilma Rousseff. Na ocasião, o relatório era favorável à abertura do processo contra a presidente por crime de responsabilidade. Dessa forma, os deputados que votaram "sim" apoiaram que o processo seguisse adiante, enquanto os que disseram "não" queriam barrar o avanço do impeachment da petista.
Os votos possíveis na denúncia contra Temer:
SIM – É pela aprovação do relatório, ou seja, favorável a Temer
NÃO – É pela rejeição do parecer, ou seja, contra Temer
ABSTENÇÃO –É neutro. Na prática, favorece Temer, já que representa uma chance a menos para a oposição atingir o placar mínimo de 342 "nãos"
*Zero Hora