O presidente Michel Temer disse, em ofício à Justiça Federal em Brasília, desconhecer um esquema de pagamento de propinas na Caixa Econômica Federal em troca da liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em documento de cinco páginas, no qual responde a perguntas feitas pela defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer negou que tenha indicado aliados para o comando do banco. Disse ainda que doações de campanha feitas ao PMDB por empresas investigadas, durante o período em que presidiu o partido, não foram vinculadas à aprovação de investimentos do banco.
O presidente foi arrolado como testemunha por Cunha, que é réu em ação penal sobre esquema de corrupção na Caixa. Em função do cargo que ocupa, teve o direito a responder por escrito aos 22 questionamentos do deputado cassado, preso em Curitiba.