Entre os 40 votos que garantiram a vitória de Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, os partidos do chamado "Centrão" garantiram 100% dos votos da bancada contra a denúncia.
Após mudanças na composição do colegiado, PRB, PTB, PR, PSD, PP, PSC e PROS votaram 100% contra a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). PHS e PV, que no plenário devem ter posicionamento diferente, também votaram contra o parecer do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ).
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Dos 40 votos favoráveis a Temer, 12 foram garantidos pelos deputados que foram colocados nos últimos dias na comissão. Após a interferência dos líderes partidários, votos dados como certos contra o governo, como Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Esperidião Amin (PP-SC) e Delegado Waldir (PR-GO), foram excluídos sumariamente da CCJ. Sem os 25 remanejamentos no colegiado, o que envolveu 14 vagas de titular, o resultado poderia ter sido diferente, uma vez que 30% dos votos vieram dos novatos governistas na CCJ.
No PMDB, só o relator da denúncia votou a favor de seu parecer. No DEM, apenas o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) votou com o relator. O Solidariedade, um dos partidos que mais remanejaram membros na comissão para garantir votos a favor de Temer, teve apenas a fidelidade de Genecias Noronha (CE). Laércio Oliveira (SE) foi colocado recentemente para ajudar a base aliada, porém votou a favor da denúncia.
O PSDB teve apenas dois votos contra a denúncia e cinco representantes da bancada votaram a favor do processo. Os votos governistas foram de Paulo Abi-Ackel (MG) e Elizeu Dionizio (MS). Já o PSB deixou claro o tamanho de seu racha na bancada: dois votaram contra a denúncia e dois a favor. O único titular do PPS, Rubens Bueno (PR), votou a favor da denúncia.
A oposição votou em peso com o relator Sergio Zveiter. PT, PSOL, Rede, PC do B e PDT compuseram os 25 votos favoráveis ao prosseguimento da denúncia.