A vitória do governo Michel Temer na votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na tarde da quinta-feira (13) não foi fácil. O Planalto precisou remanejar deputados na comissão, para garantir o voto favorável, e aguardou partidos da base aliada "fecharem questão" – jargão político que indica que a legenda vai punir os parlamentares que não votem segundo as diretrizes da sigla. A pressão deu certo.
PMDB, PP, PSD e PR foram os partidos que fecharam questão e optaram por punir quem votasse contra Temer. Dos 25 deputados que representavam as quatro siglas na CCJ na quinta, de forma titular, apenas um contrariou a decisão de suas legendas e deu seu voto a favor de investigar a denúncia de corrupção passiva do presidente.
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O parlamentar em questão foi Sergio Zveiter (RJ), responsável pelo parecer que acolheu a denúncia contra Temer, o que irritou o Planalto. Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) absteve-se da votação.
Segundo as diretrizes das siglas, desobedecer a diretriz do partido pode causar até mesmo a expulsão da legenda.
Agora, a decisão sobre a denúncia contra Temer será votada em Plenário após o recesso parlamentar, em agosto. Serão necessários 342 votos de 413 deputados para que a denúncia seja acolhida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).