A Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia informou nesta sexta-feira (14) que "não dispõe de sistema de monitoramento eletrônico de pessoas, comumente conhecido como tornozeleira eletrônica".
O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), havia dado prazo de 48 horas para a PF instalar a peça no tornozelo do ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima – em regime domiciliar em Salvador desde a noite de quinta-feira (13).
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Geddel ganhou domiciliar após 10 dias preso na Papuda, em Brasília, por ordem do juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF. O ex-ministro está sob suspeita de pressionar a mulher do doleiro Lúcio Funaro, Raquel Pitta, para evitar que ele faça delação premiada.
Ao tirar Geddel do regime fechado, o desembargador Bello impôs uma condição, a instalação da tornozeleira no ex-ministro. O magistrado deu 48 horas para a Polícia Federal na Bahia tomar a providência.
Nesta sexta-feira (14), entretanto, a PF afirmou em nota que "tal função não é afeta à atividade de polícia judiciária desempenhada pela Polícia Federal e sim ao sistema prisional, seja ele o federal ou o estadual".
"Registra-se que essa impossibilidade de cumprimento da decisão proferida para monitoramento eletrônico do senhor Geddel Quadros Vieira Lima – assim como já ocorrido em outros casos similares –, foi informada à 10ª Vara Federal do Distrito Federal na data de hoje", diz a nota.