A ex-presidente Dilma Rousseff se manifestou em seu blog sobre a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e meio de prisão, em sentença proferida na tarde desta quarta-feira (12) pelo juiz Sergio Moro. Dilma afirmou que a decisão é "uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil" e que não há provas que incriminem Lula.
A petista disse ainda que Lula foi o presidente mais popular na história do país e um dos mais importantes estadistas do mundo no século 21. Em seu texto, ela cita a aprovação da reforma trabalhista, que ocorreu na terça-feira (11) pelo Senado, como uma perda para os trabalhadores brasileiros e relaciona o episódio com a condenação de Lula: "Agora, assistimos essa ignomínia que está sendo exercida contra o ex-presidente Lula com o objetivo de cassar seus direitos políticos".
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Por fim, Dilma afirmou que "golpistas" não vão rasgar a "história de um herói do povo brasileiro" e que "o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018".
Leia a íntegra da nota de Dilma Rousseff:
"A condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas, a 9 anos e seis meses de prisão, é um escárnio. Uma flagrante injustiça e um absurdo jurídico que envergonham o Brasil. Lula é inocente e essa condenação fere profundamente a democracia.
Sem provas, cumprem o roteiro pautado por setores da grande imprensa. Há anos, Lula, o presidente da República mais popular na história do país e um dos mais importantes estadistas do mundo no século 21, vem sofrendo uma perseguição sem quartel.
Ontem, com indignação, assistimos à aprovação pelo Senado do fim da CLT. Uma monumental perda para os trabalhadores brasileiros.
Agora, assistimos essa ignominia que está sendo exercida contra o ex-presidente Lula com o objetivo de cassar seus direitos políticos.
O país não pode aceitar mais este passo na direção do Estado de Exceção. As garras dos golpistas tentam rasgar a história de um herói do povo brasileiro. Não conseguirão.
Lula é inocente. E o povo brasileiro saberá democraticamente resgatá-lo em 2018.
Nós iremos resistir.
Dilma Rousseff"