Após turbulências e perda de aliados na Assembleia Legislativa nos últimos meses, o Piratini resolveu mudar de estratégia. A aproximação com partidos da base aliada, reivindicação antiga, saiu do papel nessa segunda-feira (26) com um encontro no Palácio Piratini entre o governador José Ivo Sartori e representantes de seis siglas. Na pauta, ações para o segundo semestre e alternativas para enfrentar os temporais que deverão vir até o recesso de julho. As informações são da Rádio Gaúcha.
Os representantes saíram satisfeitos com a promessa de mais espaço e de um canal permanente de diálogo. No ano passado, a falta de participação dos aliados nos projetos que integraram o pacote encaminhado ao Legislativo foi alvo de críticas. Ainda assim, a expectativa é que o Executivo enfrente dificuldades ainda maiores até o final do ano. Um dos motivos é a proximidade com as eleições de 2018.
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– Vai ficar cada vez mais difícil. Demorou demais – relata o representante de um dos partidos da base de sustentação do Piratini na Assembleia.
Limpar a pauta
Participantes da reunião concordam que a discussão do segundo semestre está prejudicada pela falta de definição sobre os projetos atuais. O Piratini espera zerar a pauta até o início do recesso, na primeira quinzena de julho, mas não descarta a convocação de sessões extraordinárias. Prevendo essa dificuldade, Sartori pediu no início do ano para que deputados da base não marcassem viagens de férias na segunda quinzena do próximo mês.
O que está por vir?
Entre as proposições em análise pelo núcleo-duro do governo gaúcho, estão a reformulação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), considerado pouco efetivo. Os papeis da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) também poderão ser alterados.
O enxugamento da máquina pública, com redução de estruturas no Interior, está nos planos. A destinação de imóveis públicos sem uso para permuta ou alienação deve ser potencializada, já que o núcleo-duro do Piratini considera que a troca de áreas ou prédios do Estado por presídios foi exitosa.