A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (12) que não irá tomar "qualquer providência" sobre a notícia de que o presidente Michel Temer teria determinado ações de espionagem contra o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no STF. O peemedebista negou ter patrocinado a devassa na vida de Fachin. Diante da resposta, Cármem Lúcia disse, por meio de sua assessoria, que "não há o que questionar quanto à palavra do presidente da República".
No fim de semana, após a divulgação de reportagem da revista Veja revelando que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estaria investigando Fachin a mando do governo, Cármem Lúcia disse que não iria tolerar qualquer irregularidade contra integrantes da Corte.
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A ministra emitiu nota, no sábado (10), dizendo que a possível "devassa" contra o ministro é "própria de ditaduras". Também afirmou que a Corte repudia, com veemência, "espreita espúria, inconstitucional e imoral contra qualquer cidadão e, mais ainda, contra um de seus integrantes, mais ainda se voltada para constranger a Justiça".
Nesta segunda-feira, porém, Cármem Lúcia disse que, frente à manifestação de Temer, "o tema está, por ora, esgotado".