Em resposta aos ataques de Michel Temer, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou, por meio de nota, que a denúncia contra o presidente por corrupção passiva é "baseada em fartos elementos de prova". A PGR também destacou que o ex-procurador Marcelo Miller não participou das negociações do acordo de delação premiada dos donos e executivos da JBS.
A situação de Miller, que integrou a equipe de Rodrigo Janot e deixou em abril o Ministério Público Federal para advogar no escritório responsável pelo acordo de leniência da JBS, foi citada por Temer na tarde desta terça-feira (27). O presidente insinuou que parte dos honorários da banca poderia ter ficado com o procurador-geral.
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A nota explica que Miller integrou a assessoria criminal de Janot de setembro de 2013 a maio de 2015. Até julho de 2016, ele fez parte do Grupo de Trabalho da Operação Lava-Jato na PGR, em Brasília, retornando em seguida para o Paraná. O advogado solicitou exoneração do cargo de procurador da República em 23 de fevereiro de 2017, tendo o pedido efetivado em 5 de abril.
Sobre as afirmações de que a denúncia contra Temer é "ficção" e baseada em "ilações", a PGR cita entre as provas apresentadas laudos da Polícia Federal, relatórios, registro de voos, contratos, depoimentos, gravações ambientais, imagens, vídeos, certidões e outros documentos. Conforme a nota, o material não deixa "dúvida quanto à materialidade e a autoria do crime de corrupção passiva".
A mensagem ainda diz que Janot "pauta-se por uma atuação técnica", cumprindo "à risca o comando constitucional de que ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance".