Após participar ativamente do movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, diz agora que não cabe à entidade opinar sobre a renúncia ou permanência de Michel Temer no Palácio do Planalto.
– Não cabe à Fiesp falar sobre renúncia de Presidente da República, mas defender a retomada do crescimento do país e soluções para as 15 milhões de pessoas que estão sem emprego. Cabe à Fiesp defender reformas estruturais para recuperar a competitividade – afirmou a jornalistas após um seminário sobre reforma política na sede da Federação.
Leia mais
Evento com Temer na Fiesp é marcado por protesto e forte esquema de segurança
Oposição usa boias de pato para protestar contra projeto que autoriza terceirização irrestrita
Quando questionado sobre se no caso de Dilma também não cabia falar em impeachment, Skaf disse que "era uma situação diferente".
– Ela havia perdido completamente o controle do país. Vivemos dois anos seguidos de crescimento negativo de 3,8%, tanto que acumulou mais de 13 milhões de desempregados – afirmou.
Para o presidente da Fiesp, não há como comparar uma situação com a outra.
– As situações são completamente diferentes – afirmou.
Skaf argumentou que no governo Temer houve controle inflacionário e a inflação ficou abaixo da meta:
– Os juros caíram, o crédito caminha em boa direção e o câmbio está menos volátil. As reformas estruturais estão sendo aprovadas.