Política

Lava-Jato

Moro fixa prazos para alegações finais em processo sobre triplex que seria de Lula

Após 20 de junho, juiz poderá decidir se condena ou não os réus

Zero Hora

Enviar email
Lula prestou depoimento na última quarta-feira (10) ao juiz Sergio Moro, em Curitiba

Responsável pelos processos da Lava-Jato na primeira instância, o juiz Sergio Moro negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ouvir mais testemunhas na ação penal do triplex do Guarujá antes da fase de alegações finais. Com isso, na decisão publicada na manhã desta segunda-feira (15), Moro fixou os prazos para as alegações finais do processo.

Considerando que o depoimento de Lula terminará de ser transcrito até quarta-feira da próxima semana (24), o MPF terá até o dia 2 de junho e a Petrobras até 6 de junho para se manifestarem. Após, com prazo de nove dias úteis, a defesa do ex-presidente e dos outros investigados poderão apresentar suas alegações até o dia 20 de junho. Encerrada essa etapa, Moro vai decidir se condena ou não os réus.

Leia mais:
Lula poderá ser investigado em novo inquérito por obstrução de Justiça
MPF pede para ouvir mais três testemunhas em processo sobre triplex que seria de Lula
Lula é réu em cinco processos; o que pesa contra o ex-presidente

A respeito do pedido da defesa de Lula, o juiz disse que é "inapropriado pretender transferir o ônus a terceiros" e que, por isso, indeferiu o pedido "por deficiência no requerimento e desnecessidade da prova". A resposta ao MPF foi que os investigadores já ouviram muitos depoimentos sobre o caso tríplex e sua reforma, "não sendo necessários novos a esse respeito".

Lula é réu na ação em que é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em propina por conta de três contratos entre a OAS e a Petrobras. O MPF alega que os valores foram repassados ao petista por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e do pagamento do armazenamento de bens de Lula, como presentes recebidos no período em que era presidente. Em troca, a empresa seria beneficiada em contratos com a Petrobras.

O ex-presidente é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A defesa nega as acusações. Além de Lula, são réus no processo o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e outros cinco executivos da empreiteira OAS – Léo Pinheiro, Agenor Medeiros, Fábio Yonamine, Paulo Gordilho e Roberto Ferreira.

Das cinco ações penais nas quais Lula é réu, este é o processo mais avançado.


GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Pré-Jornada

19:00 - 20:45