A presidente Dilma Rousseff lamentou, por meio de nota à imprensa divulgada por sua assessoria, tarde desta quinta-feira (11), a decisão "tardia" do ministro Edson Fachin de levantar o sigilo do depoimento dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
Segundo a equipe da petista, "há semanas" a ex-presidente havia feito o pedido de publicidade da audiência ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a fim de apresentar suas alegações finais no processo em que a chapa de Dilma e Michel Temer é investigada por abuso de poder político.
"A defesa foi prejudicada pela negativa do relator. Não foi possível cotejar os depoimentos prestados pelo casal à Justiça Eleitoral e na Lava-Jato", assinala a nota.
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A assessoria afirma ainda que houve vazamento seletivo à imprensa de trechos dos depoimentos do casal de marqueteiros, e que "João Santana e Monica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos".
Leia a íntegra do documento:
"Dilma: Fim do sigilo chega tarde e prejudicou a defesa no TSE
Sobre os depoimentos sigilosos de João Santana e Monica Moura, liberados na tarde desta quinta-feira, 11 de maio, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff destaca:
1. Infelizmente, chega tarde a decisão do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, suspendendo o sigilo dos depoimentos de João Santana e Monica Moura.
2. Há semanas, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff havia feito tal pedido ao Tribunal Superior Eleitoral, a fim de apresentar suas alegações finais ao relator do caso das contas de campanha, ministro Herman Benjamin.
3. A defesa foi prejudicada pela negativa do relator. Não foi possível cotejar os depoimentos prestados pelo casal à Justiça Eleitoral e na Lava Jato.
4. As contradições e falsos testemunhos foram vislumbrados, apesar disso, pelo que foi divulgado amplamente pela imprensa, na velha estratégia do vazamento seletivo dos depoimentos – uma rotina nos últimos tempos.
5. Agora mesmo, os depoimentos são entregues à imprensa, mas não repassados oficialmente à defesa da presidente eleita.
6. Dilma Rousseff, contudo, reitera o que apontou antes: João Santana e Monica Moura prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas ameaças dos investigadores.
7. Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justiça e sabe que a verdade virá à tona e será restabelecida.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF".